Endividamento das famílias brasileiras: uma análise sobre um dos problemas atuais do nosso país

Uma das principais dores de cabeça da população brasileira são as dívidas. Essa realidade infelizmente não é de hoje. Ao longo dos anos, com a falta de educação financeira, o consumismo exagerado, o desemprego e a pandemia foram uma das causas do alto endividamento nos lares brasileiros.

O número de endividamentos cresceu em março deste ano. Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), 78,1% das famílias afirmaram que tinham dívidas a vencer, e isso representa um aumento de 0,2 pontos percentuais. As famílias com dívidas atrasadas aumentaram significativamente em 0,5 p.p., alcançando a marca de 28,6%.

Cartão de Crédito

Um dos vilões dos endividamentos dos brasileiros é o cartão de crédito. A falta de controle na hora das compras, o desejo exagerado de gastar sem pensar e a falta de um planejamento contribui para as contas chegarem ao vermelho.

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o cartão de crédito foi o principal motivo de endividamento, com cerca de 85% dos devedores. Os dados são deste ano. É necessário obter controle na hora das compras usando o cartão de crédito, já que esta modalidade de pagamento é a que mais apresenta altas taxas de juros.

Pandemia

No ano de 2020, a população mundial viveu um dos piores momentos da humanidade: a pandemia do covid-19. Não só a nossa saúde que foi afetada. A economia, os índices de desemprego e as altas dívidas explodiram em proporções preocupantes. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) revelou que, na pandemia, 77,9% das famílias brasileiras ficaram endividadas. Em números anuais, 17,6% disseram que estavam muito endividados.

Esses números alarmantes de pessoas em situação de endividamento extremo foram causados pelas restrições impostas na pandemia. As famílias precisaram se privar para não serem contaminadas pelo vírus, a inflação em todo o mundo bateu recorde, o orçamento das famílias se apartou, e a decisão estava em pagar as dívidas ou se alimentar.

Educação Financeira

Por outro lado, a educação financeira é um tema debatido até mesmo nos períodos de campanhas políticas. O discurso sempre impõe que as escolas tenham uma disciplina relacionada à educação financeira dos jovens. O Banco Central analisou, entre os anos de 2010 e 2011, que cerca de 25 mil estudantes tiveram aulas sobre o assunto, o resultado foi um grande avanço em termos de consciência.

Mas, por outro lado, os estudos detalharam a situação preocupante dos jovens que não controlam seus gastos e acabam no marasmo das dívidas. Mais de 40% dos brasileiros com idades entre 25 e 29 anos já estão inadimplentes e o público mais jovem – com cerca de 18 a 24 anos – o número ultrapassa os 15% da juventude endividada. Podemos elencar que os motivos para se tornar uma pessoa endividada são:

·       Má administração no uso do cartão de crédito

·       Organização Financeira

·       Não acesso ao mercado de trabalho

Para uma sociedade livre de dívidas, é necessário implantar nas escolas públicas a disciplina de educação financeira, controlar no dia a dia o uso de cartão de crédito, consumir o básico e evitar o desperdício.

Políticas Públicas

Com o fim da pandemia, os brasileiros continuam endividados, os problemas continuaram aumentando e não havia uma solução viável para acabar com esse pesadelo chamado DÍVIDAS. As políticas públicas para os endividados não passaram despercebidas, e como promessa de campanha, o atual presidente da república – na época candidato – Luiz Inácio Lula da Silva, prometeu criar o programa “Desenrola Brasil”. Com o discurso de ajudar os brasileiros a quitar suas contas e serem reinseridos no mercado de consumo, o governo Lula 3 mostrou efetivamente como se faz política para as pessoas mais necessitadas.

Como funciona

O desenrola é dividido por faixas, onde a faixa 1 é destinada a pessoas que recebem até dois salários-mínimos ou são beneficiadas por algum programa social. As dívidas que podem ser renegociadas são entre R4 5 mil até R4 200 mil. É possível negociar dívidas de luz, telefone, água e carnês de lojas.

Sobre o Conquiste o Futuro

É o primeiro cursinho preparatório do Enem, onde o aluno joga e estuda ao mesmo tempo. Através do método classgame, o estudante ganha tempo, aprende duas vezes mais rápido e se diverte.

O aluno do Conquiste o Futuro aprende jogando, e dessa forma, o ensino se torna mais prático, interpretativo e dinâmico.

Por Cledyson Fernandes